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Câncer de intestino delgado

Atualizado: 15 de mai. de 2020

O Intestino delgado é uma porção do trato gastrointestinal localizado entre o estômago e o cólon (intestino grosso), é dividido em três partes: duodeno, jejuno e íleo. Possui aproximadamente 5 metros de comprimento e tem a função de absorver os nutrientes da alimentação. O seu conteúdo é líquido, resultado da mistura do alimento com as secreções gástricas, biliares e pancreáticas. Representam  75% de extensão e 90% da superfície do trato gastrointestinal.

O câncer do intestino delgado começa quando suas células crescem fora do controle e se espalham para outros órgãos ou linfonodos próximos.  Estimativas Americanas para 2020 é que no país surja 11.110 novos casos, com 1.700 mortes. Embora o intestino delgado constitua a maior parte do trato gastrointestinal as neoplasias malignas do intestino delgado são extremamente raras e representam, em média, aproximadamente 2 a 3% das neoplasias gastrointestinais. Uma explicação para o evento seria o fato do conteúdo do intestino delgado ser mais diluído, com baixa irritação da mucosa, com trânsito mais rápido com menor exposição de agentes carcinogênicos.

Mais de 40 diferentes tipos histopatológicos de neoplasia ocorrem no intestino delgado, porém os casos malignos mais comuns são adenocarcinomas, tumor carcinoides ou linfomas. -Adenocarcinoma surge de células glandulares que revestem o interior do intestino delgado, representam 25-50% dos casos -Tumor carcinóide: são tumores neuroendócrinos e tendem a crescerem lentamente -Linfoma: iniciam em células imunológicas e podem surgir em qualquer parte do corpo, incluindo intestino delgado.

Fatores de risco  -Doença de Crohn -Doença celíaca -Câncer colorretal hereditário não polipose -Polipose adenomatosa familiar -Síndrome de Peutz Jeghers -Fatores dietético (ingestão de álcool, carne vermelha, alimentos defumados) -Tabagismo -Obesidade -Fibrose cística


Como suspeitar do câncer de intestino delgado Clinicamente no início da doença os paciente serão assintomáticos e mesmo os paciente com sintomas, eles são vagos e inespecíficos, como; -Dor abdominal -Perda de peso -Náuseas e vômitos -Hemorragia digestiva -Complicações, como: obstrução ou perfuração intestinal (em estágios mais avançados),

Existe uma dificuldade em avaliar o intestino delgado tendo em vista sua grande extensão e calibre menor, alguns exames que podem nos ajudar nessa avaliação, são: -Tomografia computadorizada de abdome total -Enteróclise, semelhante a tomografia, porém é introduzido uma sondo diretamente no intestino delgado, contrastando assim mais facilmente o órgão -Endoscopia digestiva alta, atinge porções mais proximais  -Video cápsula endoscópica.

Ao se fazer o diagnóstico de qualquer câncer, seja através de cirurgia ou exame de imagem, o passo seguinte mais importante é o estadiamento, onde se avalia o grau de invasão do tumor, se há invasão para linfonodos e se houve acometimento de outro órgãos, como fígado ou pulmão.  O diagnóstico desses tumores é muitas vezes feito em estágios avançados da doença, devido a sintomas inespecíficos, se revelando através de uma complicação aguda, como sangramento ou obstrução.

Em um estágio sintomático, mais de 50% dos casos apresentam doença avançada. O adenocarcinoma de intestino delgado tem um prognóstico pior que o câncer colorretal, porém em relação ao câncer gástrico ou pancreático, o prognóstico melhora..

Tratamento Os adenocarcinomas jejunais e ileais são melhor tratados por meios de uma ressecção segmentar ampla e uma linfadenectomia regional.

A hemicolectomia direita é indicada para o tumor ileal distal. Os adenocarcinomas do duodeno proximais devem ser tratados por meios de pancreatoduodenectomia (cirurgia extensa, com ressecção do duodeno e porção do pâncreas) enquanto os tumores do duodenos distais devem ser tratados com uma ressecção duodenal isolada.

Nos casos onde não é mais possível o tratamento é indicado a segmentectomia (retirada do segmento onde está o tumor) para evitar complicações, como obstrução do trânsito intestinal. Não existe quimioterapia padrão eficaz para os casos de  câncer de intestino delgado recorrentes, mas existem pesquisas avançadas nesse sentido.  

Uma área mais nova e promissora do tratamento do câncer é a imunoterapia, que ajuda o sistema imunológico de uma pessoa a atacar as células cancerígenas

Prognóstico A estimativa do paciente com câncer intestinal é dependente da idade do paciente, local do tumor, estágio da doença, correto tratamento. O principal fator prognóstico é a invasão linfonodal.





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